Ciranda o sol
De nascente a poente
De poente a nascente
Arco perfeito de um magoado violino
Ciranda lenta e em descrente procissão
Como se fora um solitário peregrino
Não procura a lua
(o poeta é um fingidor...)
Procura a nua
Verdade das palavras por dizer
(Ó mar! Ó mar! Ó longínquo luar!)
Ciranda o sol
De nascente a poente
De poente a nascente
Arco perfeito de um magoado violino
Não procura a lua
Procura a rua
Onde ela, luar desfeito, aos Domingos vai rezar
Nem sinal da cruz...
Nem sinal de luz...
Senhora da Guia 4/5/08