Ontem enviei a um amigo dos tempos de Coimbra, com quem vivi intensamente a chamada "Crise Académica de 1969" , a seguinte mensagem:
"Senhor poeta vamos dançar / caem cometas no alto mar / atiram pedras / arrancam dentes..."
Claro! Claro que estou a ouvir o Zeca! E, inevitavelmente, as memórias que a voz inagualável do Zeca me evoca, emerge em primeiríssimo plano a tua voz a misturar-se com a dele naquelas longas e inesquecíveis noites de Coimbra vagueando entre o Aquário, a leitaria do Raúl e a Clépsidra. Vagabundeando e cantarolando, madrugada adentro, as canções do Zeca.
"Senhor poeta vamos dançar...". Tenho saudades tuas. Tenho saudades de tudo.
Viva Abril! Que para ti, eu sei, é ainda uma "jornada de luta" mas que para mim é apenas evocação, memória e festa (interiores) onde entras sempre, sempre. Tu e outros amigos.»
O amigo de que falo é o meu querido amigo Hermínio.
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