Ainda o referendo:

Vou votar sim. Mas há argumentos e questões que o não levanta a que sou sensível e me fazem reflectir:

"Dei por mim a pensar na ironia de tudo isto... O mesmo tipo de lógica que serve para condenar o abandono de animais (não são humanos mas têm vida, logo têm direitos), serve para defender o aborto de seres humanos (têm vida mas não são pessoas, logo não têm direitos). Porquê? Terá uma vida não humana mais direito a ser acolhida do que uma vida humana que não é ainda uma pessoa, seja lá o que isso for? A campanha dos bichanos acabou por me meter medo. Medo de uma sociedade onde a vida de um cão vale mais do que a de um homem." Pedro Picoito, blogue do Não
Eu enunciaria a tese desta outra maneira: Se se condena o abandono dos animais porque não sendo estes pessoas, possuem, porém, vida e, como tal, têm direito a ter direitos, entre os quais o direito à vida... Ora sendo os embriões humanos vida (o que, parece, ninguém põe em causa) deveriam usufruir dos mesmos direitos!
No plano filosófico e moral não encontro nenhuma, nenhuma justificação para o sim. Só que a realidade, por vezes, conflitua com a filosofia e os seus "argumentos" pesam mais. É o princípio do mal menor. É neste ponto que radica o meu sim.

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